Ao estar disposto a se curar, é possível eliminar uma personalidade tóxica de dentro para fora; saiba como a naturologia pode auxiliar nessa jornada

Atualmente, um dos principais desafios da humanidade se tornou a responsabilidade com o próximo. Algumas atitudes abusivas perpetuadas e naturalizadas por décadas, hoje são evidenciadas e criticadas. Assim, muita gente começa a ter consciência de hábitos abusivos que comprometem diversos graus de relacionamentos. Porém, identificar esses traços no próximo parece ser mais fácil nos dias atuais. Mas o que acontece quando o abuso psicológico parte de nós mesmos?

Segundo Tathiane Pitaluga, naturóloga, as relações abusivas, popularmente conhecidas também como “tóxicas”, ainda são alvo de muitas dúvidas, principalmente quando é necessário identificar o problema em si mesmo. “Esse comportamento foi enraizado por anos em nossa cultura. Por exemplo, anos atrás ainda existia o conceito de que mulheres deveriam ser submissas aos homens, que pessoas mais novas deveriam ser submissas aos mais velhos, que parceiros deveriam estar a todo momento disponíveis e evitar amizades mais próximas com outros, dentre outras situações. Hoje em dia, começamos a entender que respeito é diferente de submissão e que todos merecemos ser respeitados igualmente. Porém, a depender da criação, do ambiente em que se vive ou do discurso de pessoas que consideramos mais importantes, essa realidade é difícil de aceitar. É assim que se dá inicio ao comportamento tóxico”, esclarece.

Portanto, geralmente uma pessoa tóxica configura-se como alguém ciumento, arrogante e manipulador. “Por muito tempo, considerou-se também que uma relação abusiva se dava a partir de agressões físicas, porém esse é o extremo da situação. O abuso começa desde o momento em que existe um indivíduo manipulador que se considera o centro da vida de outra pessoa e exige que ela faça apenas suas vontades, através da agressão verbal, invasão de espaço, autoritarismo, mentiras, dentre outras situações que faz a vítima se sentir dependente, acuada e sem forças para questionar ou impedir esses ataques”, explica.

Quem sou eu nessa relação?

Em alguns casos, tanto para a vítima, quanto para o abusador é difícil identificar a situação tóxica. “Lembrando que existem diferentes casos. Em muitos ocasiões, o abusador sabe que está nessa posição e ignora. Porém, quando se trata de uma crença construída ao longo da vida, como em casos que o abusador foi criado em um ambiente no mesmo contexto, pode ser difícil o reconhecimento. Portanto, o primeiro passo é a autoavaliação para conhecer a si mesmo e a imagem que você passa para outras pessoas”, diz.

Naturologia como aliada

Tathiane indica que por meio de tratamentos naturais pode-se identificar e mudar tal comportamento. “É possível aliar o poder da medicina natural para acessar o subconsciente e investigar a fundo a motivação do comportamento tóxico. Assim, conseguimos atingir neurotransmissores que irão ajudar na mudança de atitude. Porém, essa condição só é válida se o indivíduo realmente reconhecer que é tóxico e que precisa de ajuda”.

A aromaterapia, por exemplo, é um dos métodos utilizados. “Após identificar a raiz do problema, vamos montar o melhor tratamento. No caso da aromaterapia, utilizamos óleos essenciais que ajudam no relaxamento e agem em neurotransmissores que comandam a raiva, insatisfação, dentre outros conflitos emocionais”, indica.

Fonte: Tathiane Mariano Pitaluga, naturóloga. Atua nas áreas de Medicina Chinesa e Aromaterapia. Atualmente desenvolve seu método de atendimento unindo acupuntura, aromaterapia, PNL e visualização criativa.


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